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CLER RUWER
( BRASIL – PARANÁ )
Nasceu no Paraná e atualmente está radicada em Goiás.
Mericler de Campos Ruwer, de nome literário Cler Ruwer, é compositora e Poetisa. Professora de Língua e Literaturas Portuguesas.
Formada em Letras Português, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, de Palmas _ PR. Com Pós-Graduação em Educação _ no Campus Universitário Bezerra de Meneses UNIBEM _ Faculdade Espírita de Curitiba.
Atuou durante vinte anos como Professora de Português e Literaturas da Língua portuguesa; começou a escrever Crônicas, Poesias e Composições Musicas; algumas com o nome, Maricler Ruwer, outras com o pseudônimo Mari Cler ou Cler Ruwer; algumas delas, musicadas por seu filho, José Beto, que herdou da mãe o gosto pela música e a Arte de cantar; Das quais, Sonho Colorido e Maior amor que conheço, já estão gravadas em CD e DVD pela dupla de Cantores Weslen e André.
Cantora abençoada pelo sucesso de vendagem de CDs e shows por vários anos, viu-se forçada a abandonar a carreira devido a um acidente automobilístico que lhe prejudicou a fala.
Produziu duas obras na área da Educação: PIROLINTO, MOCINHO OU VIOLÂO? e GRAMÁTICA DE RODA.
Possui várias participações em antologias e coletâneas. Mantém assiduidade na Internet, em especial no Facebook.
mariclerruwer@live.com; www.facebook.com/cler;ruwer
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VENZON, Altayr; MONCKS, Joaquim; RODRIGUES, Darcila (organizadores). Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense Coletânea Literária. Porto Alegre/RS: Antonio Soares /Edições Caravela, 2025. 216 p. ISBN 978-85-8375-027-7
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo Brito (livreiro) em 2024.
Beleza das flores
Deus quando criou as flores,
devia estar feliz...
por dar lembranças ao vento,
com caule, folha e raiz.
Dispôs Ele os espinhos
que não alcançam a flor.
Qual dor, sempre no caminho,
nunca alcança o amor.
Nas folhas dispôs a vida,
em busca do oxigênio.
Um brinde à liberdade
da flor, e meio aos milênios.
Dispôs até às raízes,
para brindar à ciência
enquanto as flores, felizes
brindassem a existência
mesmo que num momento.
Que fique em flor a semente,
possa ser breve, no tempo
mas viver, eternamente.
A arte de ser mulher
Não fosse a mulher capaz de tamanho encantamento.
A existência do mundo, seria tela, sem graça
Pois sem acesso à Arte, simplesmente tudo passa.
Sem marca, sentido ou fala para acordar
sentimentos
Mulher sem encantamento, seria a morte em vida.
De sonho puro e palpável, que foi vivido de fato
Do antigo brilho dos olhos, cor de cio no asfalto
e ao sol infinitamente a luz da lua, escondida.
Mas ela trilha feliz caminhos imponderáveis.
Generosa, dividindo tudo o que a visa escolheu.
E o homem julga ser seu, em instantes memoráveis.
Mesmo em meio ao ilusório, vai doando-se inteira
com polimensional olhar que Deus concedeu.
Sensível, perceptível, que a faz sempre primeira.
A Chave
Abrindo a porta, sequer percebeu...
que cada janela, ofertava um sorriso.
Na fresta da porta, amor sem juízo...
espiando a chave, que já se perdeu!
O tempo com pressa, o dia passou.
Voando, fugindo nas asas das horas.
Perdendo a noção real da demora,
do dia no sol, que a noite apagou.
Então, só, a lua lembra de um rei.
Que a calma espera, jamais descobriu
a tal nova terra onde construiu
trancado à chave, o amor que não vem.
Além da armadura
E lá vem o sonho entrando outra vez pela vida
quem sabe um anjo-coruja, ave indefinida
que vem inventando histórias cada vez mais lindas
acordando algumas que jazem adormecidas.
Talvez simples anjo real em nova descoberta
daqueles que acordam cedo, sem ter hora certa
trazendo em silêncio pousado, um grito de alerta
que atravessa a vida enquanto o amor desperta.
Escondida estrela nos olhos brilhantes da lua
que vem pela noite e abraça o silêncio da rua
coruja de olhos escuros, entre a luz madura
tecendo histórias de anjos, além da armadura!
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Pagina publicada em janeiro de 2025
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